É um livro autobiográfico?
07 de outubro de 2020
Em um story no instagram a leitora Nadjana Iranyn comentou “Gabriel Pardal escreve sobre personagens do universo artístico, coisa que ele conhece bem”.
Nadjana estava falando sobre o livro “Pessoas Extraordinárias” que lancei em agosto deste ano. Os textos do livro não foram escritos para serem publicados juntos em um livro, foram concebidos em momentos diferentes, alguns para teatro, outros pra cinema, performances, leituras dramáticas, para revistas online, etc.
No final de 2019 tive vontade de publicar um livro novo. Fui conferir meu baú e encontrei um bom número de narrativas breves que podiam se encaixar em uma coletânea. Foi então que percebi um tema em comum entre eles. Hstórias sobre artistas lidando com a dificuldade de conciliar o pessoal com o profissional e como essas duas dimensões estão intimamente entrelaçadas quando se trata de arte.
Sou artista. Óbvio que este é um tema que me interessa. Provavelmente seja o assunto ao qual dediquei a maior parte do meu tempo. Pensamentos sobre isso estão presentes não apenas neste livro, mas também no “A Desobediência do Escritor” e em muitos cartuns do “Canibal Vegetariano”. Se este é um livro autobiográfico? Não sei mais até que ponto essas histórias foram inventadas ou aconteceram, mas como todas surgiram da minha inclinação ao assunto, minha resposta à essa pergunta ingrata é “Sim. Até o que não é, é.”
No rolê de divulgação do livro nas redes sociais, a editora me pediu para fazer posts que mostrassem a minha experiência profissional e os textos do livro. Fizemos então seis posts com fotos minhas e trechos. Fiquei reticente em fazer essa ligação e em vender o livro colocando tanto a minha imagem na divulgação. Bobeira. No entanto, não quero que fiquem ali para sempre, devo apagar tudo muito em breve, mas para que isso não se perca para sempre, aqui estão: